Capa do livro As Vantagens de ser Invisível |
Nesta última terça-feira, acabei de ler o
livro “As Vantagens de ser Invisível” de Stephen Chbosky, livro bastante
interessante, principalmente a maneira como foi escrito, ótimo para aqueles que
gostam de uma história realista, mas não foi uma história que me cativou, me
fez pensar sobre várias coisas, mas não foi tão cativante como as demais.
Lançado nos Estados Unidos em 1999 chegou ao
Brasil apenas em 2007, o livro também foi lançado em dezesseis países e
traduzido para treze idiomas.
O que mais chama a atenção na história é a
maneira como a história é contada. Narrado em primeira pessoa por um adolescente, o
livro foi escrito em forma de cartas do protagonista para uma pessoa que ele
não conhece, mas que apenas queria que conhecesse a sua história, então, cada
momento da história são uma carta que sempre se inicia com a data e as palavras
“Querido Amigo” e finaliza escrevendo “Com Amor, Charlie”.
A história se passa entre o início do ensino
médio de Charlie em 1991 e o final do seu primeiro ano de ensino médio em 1992.
O protagonista se auto intitula como Charlie e ele também diz que não vai usar
os nomes reais das demais pessoas para que o leitor não saiba quem é. Charlie é
um adolescente de 15 anos, depressivo e com dificuldades para interagir com as
pessoas e fazer amigos, ele sofre um baque quando seu único amigo comete
suicídio no final do ensino fundamental, fazendo com que as pessoas se
preocupem achando que Charlie poderia fazer a mesma coisa.
A história se inicia com o garoto falando que
estava com medo de entrar para o ensino médio e não conseguir fazer amigos, mas
isso começa a mudar quando ele conhece Patrick, um aluno do último ano que está
em sua turma de Trabalhos Manuais. Com isso ele também conhece Sam, meia-irmã
de Patrick a quem Charlie vem a se apaixonar na história.
Charlie também explica que a única pessoa de
sua família em que ele podia confiar para conversar era sua tia Helen que acaba
morrendo no dia de seu aniversário quando ele era pequeno. O garoto então
começa a fazer parte do círculo de amizades de Patrick e Sam e com isso se
torna amigo dos demais, então ele começa a “participar” mais da vida, ao
invés de apenas “assistir” como fazia. Com seus novos amigos Charlie começa
a viver grandes experiências, como festas, sair, dirigir
no túnel da sua cidade e se sentir infinito, assistir e atuar no espetáculo Rocky
Horror Picture Show, ir a seu primeiro encontro, e experimentar várias
drogas. Depois de uma festa onde Charlie consumia drogas, a polícia encontra o
garoto deitado na neve em algum lugar, desmaiado. No hospital, falando com a
polícia e com seus pais, descobrimos que Charlie muitas vezes tem visões,
mostrando que ele não está mentalmente bem.
Stephen Chbosky: autor do livro. |
Charlie também conhece Bill, seu professor de
inglês, o qual tem grande impacto na vida do garoto, o professor começa a
passar vários livros para ele pedindo para que escreva trabalhos sobre as
histórias e que ele comece a participar mais da vida.
Um livro polêmico que trata de diversas
histórias, tais como depressão, sexo, drogas, suicido, agressão feminina,
homossexualidade e homofobia, a pressão do fim do ensino médio, e também
menciona diversas obras da literatura, do cinema e da cultura pop em geral do
início dos anos 90.
O decorrer da história conta sobre os dramas
vividos na vida adolescente, e principalmente a transição da adolescência para
a vida adulta e retrata os problemas e experiências que em algum
momento todas as pessoas já viveram alguma delas. Um livro bacana, não me
cativou por não ser o tipo de história que eu goste, mas recomendado para
aquelas que curtem uma história mais realista do que fantasiosa. Em total de
dez estrelas, receberia nota quatro.
Segue abaixo uma sinopse do livro segundo o
site www.skoob.com.br:
“Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o
livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não
ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a
apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo
de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas
vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas
familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir
"infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e
angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky
capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma
narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que
não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras,
as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e
futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora
como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem
que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em
qualquer lugar do mundo.”
Capa promocional do livro após lançamento do filme |