Hoje darei continuidade às postagens sobre a
história das vinte equipes que disputaram o Campeonato Brasileiro de 2013, o
escolhido de hoje foi o pernambucano Clube Náutico Capibaribe, fundado em 1901, o
timbu é dono de 21 títulos estaduais e é um dos grandes clubes do nordeste
brasileiro e em sua história o colorado pernambucano tem a década de 60 como
sua década de ouro.
FUNDAÇÃO
Em 1898, nascia da fusão das agremiações de
remo Clube dos Pipões e outro grupo de remadores na capital pernambucana o Clube
Náutico Recife com exclusividade para a prática do remo, mas apenas no dia 07
de abril de 1901, João Alfarra convocou os demais membros do clube para a
assinatura da ata da agremiação, tornando assim esta a data oficial da fundação
do Náutico.
Apenas no ano de 1905 um grupo de ingleses
formava o primeiro time de futebol do Náutico, nesta época o timbu era
conhecido como o “Clube dos Brancos” por não permitir que pessoas negras ou
mestiças vestissem sua camisa, mas essa prática finalmente seria abolida anos
depois.
Em 1914 foi criada a Liga Recifense de
Futebol que não contou com a presença do Náutico, mas em 1915 foi criada a Liga
Sportiva Pernambucana que contou com a filiação do timbu, que não manteve
interesse por este esporte até a chegada dos anos 30 com a profissionalização
do futebol que finalmente traria o primeiro título estadual do alvirrubro em
1934. Em 1939 com a estrela Fernando Carvalheira e a construção do Estádio dos
Aflitos o Náutico era novamente campeão pernambucano.
Durante a década de 40, o Náutico começava a
montar a sua era de ouro, em 1945 o timbu aplicava a maior goleada de sua
história ao derrotar o Flamengo de Recife por 21x3 no mesmo ano em que se
sagrava campeão pernambucano pela terceira vez.
Na década de 50, o alvirrubro começava a se
tornar o maior protagonista em Pernambuco com um tricampeonato estadual em
1950, 1951 e 1952 e em 1954 mostraria sua hegemonia ao conquistar o quarto
título estadual naquela década.
A década de ouro do Náutico começava de
maneira brilhante com o título pernambucano de 1960. O decorrer dos anos
mostraria que o Náutico passava de um clube vitorioso no remo para também
vitorioso no futebol que começava a se tornar seu principal esporte, em 1961 o
Náutico terminava a Taça Brasil na quarta colocação, mas isto seria pouco para
esta década, pois o timbu conquistaria um hexacampeonato estadual de maneira
inédita com os títulos de 63, 64, 65, 66, 67 e 68 e em âmbito nacional
terminaria na terceira colocação do brasileiro em três oportunidades e seria
vice-campeão em 67 ao ser derrotado pelo Palmeiras. Com o vice da Taça Brasil,
o Náutico conseguiu se classificar para a Libertadores da América de 1968 a
qual seria eliminado na primeira fase por um erro de regulamento contra o
Deportivo Portugués da Venezuela.
Durante a década de 70 o Náutico não
conseguiu viver as glórias da década passada conquistando apenas um título
pernambucano no ano de 1974.
Nos anos 80 o timbu contou em seu elenco com
o jogador Baiano que ganharia a Chuteira de Ouro do futebol brasileiro em 1982
e 1983, nesta década o Náutico seria bicampeão estadual em 1984 e 1985, mas com
a criação da Copa União o Náutico seria automaticamente rebaixado para a
segunda divisão brasileira retornando para a disputa da série A de 89 ao ser
vice-campeão da segunda divisão em 88. Em 1989 o alvirrubro seria novamente
campeão estadual.
No início dos anos 90 o Náutico se manteria
na primeira divisão até 1995 quando seria novamente rebaixado, mas em 1998
viveria outro momento triste na história ao cair para a série C. O timbu conseguiu o
acesso para a segunda divisão em 1999 aonde permaneceria por longos anos.
Com a vira do milênio o Náutico voltava a ser
campeão estadual após doze anos em 2001 e conquistaria o bicampeonato em 2002 e
sobre o comando de Muricy Ramalho também levantaria o pernambucano de 2004 com
Kuki se tornando a maior estrela do alvirrubro nesta década. Em 2005 o Náutico
terminaria a série B na terceira posição tendo seu acesso novamente frustrado,
desta vez pelo Grêmio na partida que ficaria conhecida com a “Batalha dos
Aflitos” com o timbu desperdiçando dois pênaltis no duelo e o Grêmio
conquistando o acesso com uma vitória por 1x0. Mas no ano seguinte após
enterrar a derrotada no ano anterior o Náutico finalmente voltava à primeira
divisão brasileira. O timbu permaneceria na primeira divisão por 3 anos, mas
seria assombrado pela queda novamente em 2009.
No ano de 2011, após perder o estadual o
Náutico se reformulou conquistando o acesso para a série A novamente
disputando-a em 2012 e 2013 quando novamente seria rebaixado com a pior
campanha da história dos brasileiros de pontos corridos.
O Náutico faz o clássico das emoções quando
enfrenta o Santa Cruz, e faz também o clássico dos clássicos, o maior do estado
de Pernambuco ao enfrentar o Sport.
Foi inaugurado no dia 25 de junho de 1939 o
Estádio Eládio de Barros Carvalho popularmente conhecido como Estádio dos
Aflitos. Seu jogo inaugural foi o clássico entre Náutico x Sport com empate por
2x2, o primeiro gol foi marcado por Wilson do Náutico, atualmente possui
capacidade para 22.858 pessoas.
O estádio não está mais sobre o uso do timbu
que passou a mandar seus jogos na Arena Pernambuco após a Copa das
Confederações de 2013.
ELENCO ATUAL
Os principais jogadores de seu atual elenco
são: os goleiros Ricardo Berna e Gideão, os zagueiros Jean Rolt, Leandro Amaro
e João Filipe, os laterais Maranhão e Bruno Colaço, os volantes Elicarlos,
Martinez e Derley, os meias Tiago Real, Angelo Peña e Diego Morales e os
atacantes Rogério, Maikon Leite e Juan Oliveira.
JOGADORES HISTÓRICOS
Dentre os jogadores que passaram pelo
Náutico, alguns marcaram época e se tornaram grandes ídolos de sua torcida,
tais como: Fernando Carvalheira, Orlando Pingo de Ouro, Ivson de Freitas, Bita,
Nado, Nino, Lala, Ivan Brondi, Salomão, Gena, Jorge Mendonça, Marinho Chagas,
Neneca, Lourival, Mirandinha, Cláudio Milar, Baiano, Mário Tilico, Adriano,
Kuki, Acosta, Jorge Henrique, Sangaletti e Kieza.
TÍTULOS
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21
Campeonatos Pernambucanos.
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