Análise Final da Copa das Confederações

Ontem, após o duelo entre Espanha e Itália foi conhecido o grande rival da seleção brasileira na decisão da Copa das Confederações. O Brasil que havia derrotado o Uruguai na quarta-feira em um jogo emocionante enfrentará domingo no Maracanã a seleção espanhola que derrotou a Itália nos pênaltis. O jogo decisivo do torneio também será o jogo mais aguardado já que todos torciam por um Brasil e Espanha na grande decisão.

BRASIL x URUGUAI

Após superar Japão, México e Itália na fase de grupo, o Brasil foi colocado frente a frente com o Uruguai na semifinal. Um clássico sul-americano entre dois campeões do mundo decidia quem chegaria à final. O jogo foi como todos esperavam um Brasil e Uruguai duríssimo como é realmente este clássico. Logo no início Júlio César fez o Mineirão explodir ao defender um pênalti cobrado por Fórlan após falta de David Luiz em Lugano.

No decorrer do jogo chances para os dois lados, Brasil com a posse de bola e o Uruguai saindo nos contra-ataque. Aos 40 minutos, lançamento de Paulinho no peito de Neymar, o camisa dez dominou e bateu para a defesa de Muslera, mas no rebote Fred de canela para o fundo da rede, gol do Brasil. No início do segundo tempo, vacilo da zaga brasileira, bola nos pés de Cavani e empate uruguaio.

O jogo continuou como antes, Brasil com a bola, Uruguai no contra-ataque. Hulk de falta ganhou escanteio e Suárez de cabeça também. Após bela jogada de Bernard, Fred chutou por cima do gol e como resposta Cavani gingou na frente da defesa e chutou no contra pé de Júlio César, mas a bola foi para fora. Mas aos 40 minutos, dessa vez do segundo tempo, escanteio para o Brasil, Neymar cobrou na cabeça de Paulinho que mandou para o fundo da rede, gol e classificação brasileira, 2x1.

ESPANHA x ITÁLIA

Na outra semifinal, um duelo europeu com duas campeãs mundiais e finalistas da última Euro-Copa. A Espanha havia passado por Uruguai, Taiti e Nigéria para finalmente enfrentar a Itália pela vaga na decisão. Quem pensava que ia ser domínio espanhol e outra goleada como na final da Euro se enganou. Os espanhóis tentavam impor seu ritmo de jogo com passes rápidos e domínio de bola, mas no primeiro tempo quem mais assustou foi a Itália saindo em rápidos contra-ataques pelas laterais.

No segundo tempo a Espanha voltou mais compacta e teve melhores chances do que a Itália após a entrada de Navas que incendiou pela direita. Na metade final do segundo tempo a Itália tentou atacar, mas sem perigo para a Espanha e o jogo caminhou para a prorrogação.

Na prorrogação os dois times cansados deram mais espaço, primeiro a Itália acertou a trave de Casillas em chute de Giaccherini, mas a Espanha voltou a dominar, no segundo tempo da prorrogação foi a vez de Xavi soltar uma bomba e Buffon espalmar na trave, e o jogo foi finalmente para os pênaltis. Doze cobranças consecutivas e doze gols, na sétima cobrança da Itália Bonucci mandou por cima, e Navas que havia entrado para incendiar converteu seu pênalti dando a vitória para a Espanha.

A DECISÃO

Domingo dia 30 de junho o Maracanã receberá a grande decisão entre Brasil e Espanha, o jogo aguardado por todos finalmente acontecerá. O Brasil de Neymar, Paulinho, Fred, Marcelo, Daniel Alves, Thiago Silva e Júlio César terá a ingrata missão de tentar parar a poderosa Espanha de Iniesta, Xavi, Pedro, Pique, Casillas, Sérgio Ramos e Jordi Alba. Os espanhóis não perdem uma partida oficial desde 2010 e tem hoje o melhor futebol do mundo com passes rápidos e pressão no adversário. O Brasil por sua vez vem de renovação, uma seleção que vem encontrando seu futebol e crescendo a cada jogo. Será um grande duelo com os espanhóis como favoritos, mas os brasileiros podem surpreender.

O Brasil derrotou em um jogo apertado o Uruguai que havia sido derrotado pela Espanha sem dificuldades na primeira fase. A Espanha para chegar à decisão derrotou nos pênaltis os italianos que na primeira fase foram derrotados pelos brasileiros em um jogo que o Brasil dominou boa parte e sempre ficou a frente no marcador.

Os espanhóis contam com seu grande jogo coletivo e com a habilidade e decisão de Iniesta para chegar ao título inédito enquanto o Brasil aposta em um time jovem, renovado quem vem crescendo e encantando, além de jogar em casa e de Neymar que reencontrou seu futebol durante o torneio. A Espanha terá um dia a menos de descanso que os brasileiros, e também poderá pesar o cansaço de ter jogado uma prorrogação e apenas ter decidido o jogo nos pênaltis.

Será um grande jogo entre duas equipes que possuem grandes jogadores, mas que praticam um futebol diferente, uma com futebol rápido, que ataca e habilidoso, outra com futebol de passes, valorizando a posse de bola e cadenciando o jogo até surgir espaços. A Espanha é franca favorita para a decisão, mas o Brasil pode surpreender, ainda mais jogando dentro de casa, mas se manter o que a maioria acredita a Espanha será campeã.